sábado, 30 de julho de 2011

Separação.




















UM SONHO...




Com uma areia branquinha sob nossos pés,estávamos a caminhar em direção ao por do sol, o mar azul batia suas ondas na nossa esquerda, você vinha na minha direita. Ainda era dia mas a lua já estava no céu. Misteriosa cena se seguiu.

Um operário passa por nós trazendo sua filha pela mão. Enquanto olhávamos sua passagem não trocamos qualquer palavra, mas cada um de nós teve seu próprio pensamento.

De repente você me perguntou; Por que a lua esta tão alegre?

- Ela contempla o operário e a filha que tanto se amam e no entanto terão que se separar.

- Mas a lua se alegra com tal perspectiva? Você contestou indignada.

- Sim respondi; Lembre que ela ainda é menina, mas quando se tornar mulher, não será mais de seu pai, mas sim da lua.

- Como da lua?

- Você sabe. Toda mulher deixa de obedecer ao pai para obedecer à lua a cada vinte e oito dias. Passará então a ser instável e será uma presença crescente e decrescente, até que um dia a lua a abandonará, e voltará a ser quem sempre foi, mas sem o pai, difícil é o destino de toda mulher.

- Você se calou.

Imediatamente olhei para o sol e perguntei:

- Por que o sol brilha?

Você continuou calada, e acelerou o passo...

- Por que o sol brilha?

Você interrompeu nossa marcha, se pôs diante de mim  com lagrimas nos olhos e me abraçou em um ultimo abraço antes da morte. Ficamos ali parados nos consolando sem mais nada além de nossa respiração para indicar que não eramos uma só pessoa.

Sem aviso você da um paço atrás e diz:

 -Brilha por ter abandonado a própria escuridão! 

Uma repentina muito branca e densa neblina vinda do mar tudo encobriu,você então disse, vou-me e seguiu na direção do mar...do mar...tírio que me aguardava.  Fiquei sem perguntas, já não há quem as responda.

Tudo o mais é dor.




Minha Oração



O intolerável, suporto.
A injustiça, aceito.
Humilhado, resisto.
De abandono me completo.
Na incerteza, eu me apoio
De carência, me alimento.
Os oportunistas, me favorecem.
A mentira, me esclarece.
Aos cruéis acolho.
Da violência construo.
O medo? Escalo até seu ápice, e lá cravo minha indiferença.
No inferno, cuspo na face do mal e volto.




Quem me capacita?

MEU DEUS

Se me criaste, estas comigo.

Se estou contigo, e nada és, então te criei.

“Derrota alguma, derrota a um vitorioso.”